SÃO PAULO, FEVEREIRO DE 2017 – Como toda nova tecnologia inicialmente tem seu custo valorizado, e com o LED não é diferente, novas arquiteturas de “chip” e técnicas de deposição de fósforo podem proporcionar muitos benefícios que podem vir a colaborar para a queda nos custos de produção dos LEDs.
A medida do governo integra a nova legislação, elaborada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), e é coordenada pelos ministérios de Minas e Energia; Ciência, Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Inmetro. A decisão faz parte do Plano Nacional de Eficiência Energética, que tem como meta a redução do consumo de energia do País em 10% até 2030.
As lâmpadas incandescentes de 60W que atendiam às características fixadas anteriormente à portaria atual, citada acima, puderam ser produzidas e importadas até junho de 2014 e vendidas até junho de 2015. Os modelos de lâmpadas incandescentes de 200W, 150W, 100W e 75W deixaram de ser comercializadas no ano passado e as últimas a deixarem o mercado são as de 40W e 25W, a partir de 30 de junho de 2016.
A ideia é substituir essas lâmpadas por modelos mais eficientes, como as fluorescentes compactas e as lâmpadas LED. A simples escolha do tipo de lâmpada a ser usada na sua residência pode significar uma economia significativa na conta de luz no final do mês. Por isso, antes de optar, é importante comparar as características dos modelos.
“Há pelo menos um critério básico que ajuda o consumidor a fazer essa comparação: a relação entre a vida útil da lâmpada e o preço”, afirma Georges Blum, presidente da Abilumi (Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação). “A redução nos gastos com a conta de luz impacta diretamente no orçamento doméstico. A eletricidade consumida pela iluminação pode representar até 20% dos gastos de uma família, o que não é pouco. Ao longo de um ano, se somados os valores economizados com apenas uma lâmpada substituída, a economia pode chegar a R$ 25,00. Se trocar quatro lâmpadas, são R$ 100,00 economizados por ano”, calcula o especialista da Abilumi.
Para exemplificar, vamos considerar os três tipos de lâmpadas encontrados no mercado: as incandescentes, as fluorescentes (tubulares ou compactas) e as lâmpadas Led. Saiba mais sobre cada um deles e entenda por que essa troca é tão importante:
As incandescentes ainda representam 20% das vendas de lâmpadas do País, em razão do seu preço atraente, em média 5 vezes menor que uma fluorescente. Por outro lado, ela se caracteriza por converter a energia em luz e calor, o que faz com que consuma mais.
– Como funciona? Com mais de um século de idade, as lâmpadas incandescentes não mudaram muito desde quando foram criadas por Thomas Edison. Uma corrente elétrica passa por um filamento de tungstênio (aquele fiozinho de dentro da lâmpada), aquecendo os átomos que o compõem e gerando luz como consequência. A questão é que apenas 5% da energia gerada são convertidos em luz. Os 95% restantes são transformados em calor, o que explica o grande desperdício que geram.
– Mercado atual – A Abilumi estima que em torno de 100 milhões de lâmpadas incandescentes ainda sejam vendidas no Brasil, número que vem caindo devido à sua extinção no mercado em 2016.
– Vida útil – Em média 750 horas, durabilidade considerada baixa por conta do rápido desgaste do filamento de tungstênio.
Já as fluorescentes, sejam tubulares ou compactas, são 75% mais econômicas e duram quase 10 vezes mais que as incandescentes.
– Como funciona? A corrente elétrica emite radiação ao passar por uma mistura de gases e vapor de mercúrio que fica dentro do tubo. Esse tubo é revestido por um fósforo que transforma a radiação em luz visível. Utiliza-se o Halofosfato nas lâmpadas standard ou Trifósforo nas lâmpadas de cores de melhor reprodução de cor. Pode existir também um revestimento interno para diminuir o peso de mercúrio por lâmpada.
– Mercado atual – Cerca de 250 milhões de lâmpadas comercializadas por ano, segundo a Abilumi.
– Vida útil – Cerca de 8.000 horas. Apesar de custarem quase 5 vezes mais do que as incandescentes, duram mais e são mais eficientes. Ao substituir uma lâmpada incandescente de 60W de potência por uma fluorescente de apenas 15W, há uma economia de 80% na conta de luz.
São as lâmpadas com tecnologia mais moderna do mercado. Totalmente eletrônicas, a cada dia se mostram mais eficientes.
– Como funciona? É composta de um ou mais diodos emissores de luz, ou seja, semicondutores elétricos fabricados com arseneto de alumínio e gálio, entre outros, que ao receberem energia elétrica, convertem-na em luz, gerando bem menos calor do que as lâmpadas incandescentes, o que representa menos perdas.
– Mercado atual – O mercado dessas lâmpadas encontra-se em crescimento e com os preços em queda. Há perspectivas de que esse modelo se popularize em pouco tempo, substituindo as lâmpadas incandescentes e fluorescentes em alguns anos.
– Vida útil – Uma lâmpada de LED chega a durar até 50 vezes mais e é 80% mais econômica que uma incandescente.